Foi apenas mais uma segunda-feira para a bióloga Kory Evans, professora assistente do Departamento de Biociências da Rice University em Houston, Texas, quando fez um raio-X da cabeça de um peixe em 3D e descobriu que sua língua havia sido substituída por um parasita.
Na verdade, suas segundas-feiras “não costumam ser tão agitadas”, escreveu Evans no Twitter.
No lugar de uma língua normal, o peixe tinha um isópode comedor de língua dentro de sua boca. Esses chamados crustáceos vampiros entram na boca de um peixe como larvas, se fixam na língua agarrando-a firmemente com as pernas e se alimentam do sangue que sugam do órgão. Eventualmente, a língua murcha e cai, e o isópode, agora totalmente crescido, serve como uma língua funcional para o peixe.

Ele têm cinco conjuntos de mandíbulas e todas as cinco são modificadas nesses dispositivos semelhantes a estiletes, e alguns deles são como lanças longas, que cortam o tecido do peixe hospedeiro . E então as outras mandibulas operam juntas como um canudo de refrigerante para tirar o sangue da ferida que eles criaram.
Desse modo, ele vai drenando lentamente a vida da língua do peixe, que se atrofia e, aos poucos, até não restar senão o coto muscular. O isópode agora agarra com seus três ou quatro pares de patas mais atrás, tornando-se essencialmente a nova língua do peixe . E o isópode provavelmente evoluiu assim para manter seu hospedeiro vivo, permitindo mais tempo para gerar seus filhotes.
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